sábado, 25 de outubro de 2014

Os 10 Maiores Gênios do Cinema

Ao longo dos anos, o cinema nos presenteou com grandes gênios. Então, decidi listar os 10 maiores gênios da história do cinema. Para entrar na lista, os personagens precisam ser inteligentes, desafiar as expectativas e/ou simplesmente nos surpreender com suas mentes.


 10. Louis, de A Família do Futuro (2007)
O menino Louis é um gênio aos 12 anos de idade, algo incrível. Uma de suas invenções é fantástica, mas recomendo que olhe o filme ou então a informação que eu daria seria um spoiler colossal. Além dessa "tal" invenção, o garoto está sempre construindo invenções e tirando o primeiro lugar nas feiras de ciências.

 
09. Wayne Szalinski, de Querida, Encolhi as Crianças (1989)
Interpretado pelo carismático Rick Moranis, Wayne simplesmente construiu uma máquina de raio-psiquiatra em seu sótão. O único problema é que seus filhos acabam encolhidos devido aos efeitos desta invenção. Mas seu intelecto superior e capacidade de criação brilhante foram suficientes para entrar em nono lugar na minha lista.


08. Alexander Hartdegen, de A Máquina do Tempo (2002)
Interpretado por Guy Pearce, Alexander possui duas obsessões: sua noiva e a possibilidade de viajar no tempo. Quando ele perde sua esposa em uma tragédia, faz de tudo para criar uma máquina do tempo e voltar no passado para evitar que sua amada seja morta. Além da genialidade, o personagem Alexander é motivado pelo amor.


 07. Chris Knight, de Academia de Gênios (1985)
Antes de ser o "Iceman" em "Top Gun"; antes de ser o "Jim Morrison" em "The Doors"; antes de ser o "Batman" em "Batman Eternamente", Val Kilmer foi um gênio perspicaz em Academia de Gênios. Ele criou juntamente com seus colegas um laser de alta intensidade e precisão. Quando os militares tentam roubar sua invenção, Chris, de forma inteligente e divertida, consegue enganar os mesmos. 



06. Fred Tate, de Mentes que Brilham (1991)
Fred Tate é o mais novo da nossa lista. Com apenas sete anos de idade, este demonstra talentos em áreas distintas como matemática a artes. O problema é que sua mãe, interpretada por Jodie Foster que também dirigiu o filme, tem medo de que seu filho seja visto pela sociedade com alguém anormal devido aos seus talentos. Só que, ao tentar lhe dar uma educação normal, a mãe de Fred acaba também limitando o potencial do menino.


05. Raymond Babbitt, de Rain Man (1988)
Sua capacidade de recordar informação é surpreendente. Autista e com síndrome de savant, Raymond Babbitt possui habilidades de nível gênio que os cientistas ainda não compreendem verdadeiramente. Interpretado brilhantemente por Dustin Hoffman (que ganhou o Oscar por este papel), Raymond demonstrou, além de genialidade, intensidade e por isso merece o quinto lugar na minha lista.



04. John Nash, de Uma Mente Brilhante (2001)
John Nash é um matemático que consegue adquirir uma carreira acadêmica respeitável. Após se casar com maravilhosa Alicia (Jennifer Connely), que era sua aluna na universidade, Nash passa a ser atormentado por delírios e alucinações. Diagnosticado como esquizofrênico, e após várias internações, ele precisará usar toda sua racionalidade para distinguir o real do imaginário e voltar a ter uma vida normal ao lado de sua esposa.



03. Dr Emmett "Doc" Brown, de De Volta Para o Futuro (1985)
É claro que o nosso querido Doc não poderia ficar de fora da lista. Um personagem tão carismático que foi criado entre uma mistura de Leopold Stokowsky e Albert Einstein, criou simplesmente uma máquina do tempo que levou Marty McFly para o passado e deu início a uma das melhores trilogias de todos os tempos. Um pouco atrapalhado, é verdade, mas muito esperto e genial, Dr Brown merece o terceiro lugar na lista.


 02. Maximillian "Max" Cohen, de Pi (1998)
O gênio da matemática e da computação criado por Darren Aronofsky no seu primeiro longa não faz contato com outras pessoas pelo fato de não poder sair à luz do sol, que lhe dá dores de cabeça. Max encontra um padrão universal em suas pesquisas lidando com a bolsa de valores, entretanto há pessoas que pretendem ganhar dinheiro em cima dele. Enquanto os evita, Max também é perseguido pelos judeus, que acreditam que ele descobriu um padrão no Torá.



01. Will Hunting, de Gênio Indomável (1997)
Will Hunting é possivelmente o maior gênio do cinema, não pela sua inteligência, mas pelo sua opinião formada sobre a classe média alta. Will resolve um teorema matemático e chama a atenção de um professor, que deseja vê-lo trabalhando com matemática. No entanto, Will quer uma vida normal, morando em uma casa simples, trabalhando em empregos que ele julga "respeitosos" e saindo para beber nos fins de semana com seus amigos.



domingo, 19 de outubro de 2014

Curiosidade: O país mais premiado na categoria de MELHOR FILME ESTRANGEIRO



A estatueta de Melhor Filme Estrangeiro existe desde 1948 e premia um longa-metragem produzido fora dos Estados Unidos com diálogos predominantemente em uma língua diferente do inglês.

Mas qual é o país que recebeu o maior número de premiações na academia? O país que domina essa categoria, com exatos Onze produções premiadas (sem contar os prêmios honorários) é a ITÁLIA.



Vítimas da Tormenta (1946)
Logo na primeira cerimônia da categoria de Melhor Filme Estrangeiro, os italianos mostraram que seriam os predominantes nessa área. O filme Vítimas da Tormenta (Sciusciá) de 1946 foi o primeiro filme estrangeiro vencedor e abriu as portas para os diversos filmes italianos que viriam à ser vencedores futuramente. O filme é o retrato das crianças de rua na Itália pós-guerra. Giuseppe e Pasquale são duas das crianças, dois grandes amigos que vivem de lustrar sapatos de soldados americanos. Eles dividem suas esperanças e seus sonhos inocentes de um futuro melhor, mas acabam presos numa terrível instituição para menores. É um filme muito importante para a história do cinema.

Ladrões de Bicicleta (1948)
O diretor Vittorio de Sica empacou outro filme italiano na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Desta vez o filme premiado foi Ladrões de Bicicleta (Ladri di Biciclette) de 1948. A carga dramática desse filme, que se tornou a principal característica do diretor, esteve excelente aqui. É a história de muitos italianos que estavam desempregados devido o fim da Guerra. Um desses italianos é Antonio Ricci, que consegue um emprego de colocador de cartazes. Entretanto, para realizar este trabalho, precisava de uma bicicleta. Depois de penhorar diversos objetos, ele adquiri uma. Certo dia, ela é roubada, e juntamente com seu filho, ele parte por toda Roma em busca dela. É sem dúvidas uma obra-prima do cinema italiano e mereceu o prêmio honorário.

Três dias de Amor (1949)
O último filme italiano a receber um prêmio honorário é um filme dirigido pelo cineasta francês René Clément, que contribuiu decisivamente para o crescimento do cinema francês no mundo. Três dias de Amor (Le Mura di Malapaga) de 1949 recebeu a estatueta em 1951 e conta a história de Pierre, que após assassinar a amante, está fugindo da polícia. Ele chega ao porto italiano de Gênova, onde tem seu dinheiro roubado e acaba por conhecer Marta, uma jovem mulher que acabou de se separar e cuida sozinha da filha pequena. Marta apaixona-se por Pierre e decide esconde-lo da polícia, além de prometer que irá acompanhá-lo em sua nova vida. Infelizmente o destino irá pregar algumas surpresas.

A Estrada da Vida (1954)
Federico Fellini é um dos mais importantes cineastas do mundo, e levou o cinema italiano ao auge na década de 50 e 60. O seu primeiro filme premiado foi A Estrada da Vida, de 1954 e conta a história de Gelsomina, que é vendida por sua mãe para Zampanò. Ambos não têm nada em comum: o jeito ingênuo e humilde da jovem é o oposto da rudeza de Zampanò, um artista mambembe. A chegada de um equilibrista que admira especialmente Gelsomina trará acontecimentos inesperados. Uma obra-prima de Fellini, relatando o movimento neorrealista que retrata a Itália do pós-guerra. Além de levar o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro, foi indicado na categoria de Melhor Roteiro Original.

Noites de Caríbia (1957)
No ano de 1957, Fellini dirigiu mais uma de suas obras-primas, Noites de Cabíria levou a estatueta do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e se tornou um dos mais importantes filmes italianos de todos os tempos. Trabalhando novamente com sua amada Giulietta Masina, o filme conta a história de Cabíria, uma jovem romântica e ingênua que se prostitui para sobreviver. Mesmo enfrentando dificuldades, ela demonstra uma confiança impressionante e sonha com o verdadeiro amor enquanto sofre constantes desilusões amorosas. Depois de ter um filme premiado pela segunda vez, o diretor Federico Fellini se tornou um dos cineastas mais importantes de todos os tempos, sempre fazendo críticas à sociedade, porém jamais deixando a magia do cinema desaparecer.



8½ (1963)
Em 1963, Federico Fellini mais uma vez nos presenteou com uma obra-prima (a que eu particularmente acho a mais brilhante delas). O filme  8½ retrata a crise de criatividade de um cineasta chamado Guido Anselmi, que demonstra um certo esgotamento no seu estilo de vida e resolve se refugiar em um lugar para buscar inspiração. Muitas cenas do filme foram retiradas da vida do próprio Fellini. Até o título do filme é uma referência à carreira do próprio diretor, que até então já havia dirigido seis longas-metragens, dois episódios de filmes e havia co-dirigido um longa metragem. Além de receber o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro, Oito e meio concorreu a mais outras quatro categorias, saindo vencedor na de Melhor Figurino.


Ontem, Hoje e Amanhã (1963)
Na premiação do ano seguinte, o vencedor foi o filme Ontem, Hoje e Amanhã, de um cineasta italiano também conhecido pela academia, Vittorio De Sica. Ele que já tinha levado prêmios honorários de Melhor Filme Estrangeiro pelos filmes Vítimas da Tormenta e Ladrões de Bicicleta, conseguiu empacar mais um filme. Ontem, Hoje e Amanha conta a história de três casais que passam por encontros e desencontros. Os casais protagonistas são interpretados pelos mesmos atores, o que muda é apenas os coadjuvantes. O filme é uma comédia muito divertida e se tornou, sem sombra de dúvidas, um clássico da cinematografia italiana.


Investigação... (1970)
Em 1970, Elio Petri dirigiu o filme "Investigação sobre um Cidadão acima de qualquer Suspeita" (um pouco longo né?) Filme que conta a história de um inspetor do alto escalão  da polícia italiana, com reputação ilibada, fama de incorruptível, mas reacionário, mata sua amante, Augusta Terzi. Testa se a polícia irá acusá-lo por isso e durante o filme, ele vai plantando pistas óbvias que o identificam como o assassino ao mesmo tempo em que vê os colegas ignorando-as, intencionalmente ou não. Eu particularmente não gostei do fato desse filme levar a estatueta de Melhor Filme Estrangeiro daquele ano, minha preferência era que o vencedor fosse o longa-metragem espanhol "Tristana", mas tenho que reconhecer que o filme é muito bom.


O Jardim dos Finzi-Contini (1970)
Na premiação do ano seguinte, o filme "O Jardim dos Finzi-Contini", do premiado cineasta italiano Vittorio De Sica foi o dono da estatueta, em um filme sensacional. O longa acompanha a história de um jardim da rica família de judeus Finzi-Contini. Ele é usado como o último símbolo da resistência pela jovem Nicole contra as leis anti-judaicas do regime fascista até que todos os membros de sua família sejam presos. O filme é uma adaptação de um romance homônimo de Giorgio Bassani e além de levar o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro em 1972, ganhou a estatueta de Melhor Roteiro Adaptado. Mais uma grande contribuição italiana para o cinema mundial, indiscutivelmente uma obra-prima que merece ser vista e apreciada.


Amarcord (1973)
Quando um filme italiano era indicado na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, ou ele era do Vittorio de Sica, ou era do Federico Fellini. A genialidade desses dois italianos era indiscutível. Então, Fellini dirigiu mais um filme vencedor dessa categoria. Dessa vez foi o longa "Amarcord" de 1973, lançado nos Estados Unidos apenas em 1976, que relata, os  sonhos de um outro mundo, sonhos alimentados pelos turistas de um hotel de luxo, por um transatlântico que por ali passa, pelo cinema e pelo início do fascismo. Um filme que contém atuações muito boas, roteiro excelente e críticas relevantes ao governo de Mussolini. É sem dúvidas um dos melhores filmes italianos e Federico Fellini é um dos melhores cineastas de todos os tempos.



Cinema Paradiso (1988)
A década de 80 não foi muito boa em relação à prêmios para o cinema italiano, e após quase 20 anos, a academia voltou a premiar um filme desse país, mais precisamente em 1990 (apesar do lançamento do filme ter sido em 1988). O longa vencedor da categoria foi "Cinema Paradiso" de Giuseppe Tornatore. Nos anos que antecederam a chegada da televisão em uma pequena cidade da Sicília, o garoto Toto ficou hipnotizado pelo cinema local e iniciou amizade com Alfredo, projecionista que se irritava com certa facilidade, mas tinha um enorme coração. Todos estes acontecimentos chegam em forma de lembrança quando Toto, agora um um cineasta de sucesso, recebe a notícia de que Alfredo faleceu.


Mediterrâneo (1991)
O próximo longa-metragem italiano premiado foi "Mediterrâneo" de 1991 e conta a história de um grupo de soldados italianos que ficam encalhados em uma ilha grega e são deixados para trás em plena Segunda Guerra Mundial. As filmagens ocorreram na ilha grega de Kastellórizo, no complexo do Dodecaneso e por isso o filme possui uma bela fotografia. Em 1992 foi premiado como Melhor Filme Estrangeiro pela academia do Oscar, sendo o nono filme italiano vencedor desta categoria (obviamente sem contar os três Oscars honorários para os filmes "Vítimas da Tormenta", "Ladrões de Bicicleta" e "Três Dias de Amor" que foram citados anteriormente).


A Vida é Bela (1997)
Na premiação de 1999, o filme estrangeiro vencedor foi o do espevitado ator e diretor Roberto Benigni, denominado de "A Vida é Bela". Além do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, ganhou Melhor Ator (Roberto Benigni) e Melhor Trilha Sonora. Na minha opinião, três estatuetas não merecidas, a de Melhor Ator (que deveria ter sido de Edward Norton), a de Melhor Trilha Sonora (O Resgate do Soldado Ryan merecia o prêmio) e a de Melhor Filme Estrangeiro (não preciso dizer que o nosso querido Central do Brasil deveria ter vencido). A Vida é Bela conta a história de um pai judeu que vai para um campo de concentração com seu filho, fazendo parecer que tudo aquilo é um jogo, sem que o garoto perceba o horror no qual estão inseridos.

A Grande Beleza (2013)
"A Grande Beleza" foi o último filme italiano premiado nesta categoria até então. O filme é de 2013 e levou a estatueta em 2014. O filme se passa em Roma, durante o verão, e conta a história do escritor Jep Gambardella que reflete sobre sua vida. Ele tem 65 anos de idade, e desde o grande sucesso do romance "O Aparelho Humano", escrito décadas atrás, ele não concluiu nenhum outro livro. Desde então, a vida de Jep se passa entre as festas da alta sociedade, os luxos e privilégios de sua fama. Quando se lembra de um amor inocente da sua juventude, Jep cria forças para mudar sua vida, e talvez voltar a escrever. Particularmente, não era meu longa-metragem estrangeiro favorito daquele ano (o filme dinamarquês 'Jagten' era muito melhor), mas é um filme muito legal e merece ser visto.




Outros países com múltiplas estatuetas de Melhor Filme Estrangeiro:

França - 9 prêmios
Espanha - 4 prêmios
Suécia - 3 prêmios
Checoslováquia/República Checa - 3 prêmios
Dinamarca - 3 prêmios
União Soviética - 3 prêmios
Alemanha - 3 prêmios
Países Baixos - 3 prêmios
Suíça - 2 prêmios
Áustria - 2 prêmios
Argentina - 2 prêmios



domingo, 12 de outubro de 2014

Crítica: Annabelle (2014)

Annabelle, EUA, 2014.

Direção: John R. Leonetti
Duração: 98 minutos
Classificação: 16 anos
Gênero: Terror

Antes de falar em si de Annabelle, é preciso mencionar o filme Invocação do Mal. As comparações serão inevitáveis, já que um filme se vende pelo sucesso do outro. Invocação do Mal tinha dois pontos fortes. O primeiro era os laços que um sentia pelo outro naquela família, que era transmitido de forma muito sincera, fazendo com que o público se identificasse com eles. E o segundo era os momentos de aflição que o público sentia a cada vez que o ambiente ficava silencioso. Já em "Annabelle", esses elementos são usados de forma errada, pois os personagens principais, além de serem chatos, não conquistam uma empatia com o público, e o filme não estabelece um ambiente assustador.
O filme conta a história de um casal que aguardam a chegada de uma criança e por isso compram uma boneca à ela. Certo dia, ambos sofrem um ataque feito por um homem e uma mulher que faziam parte de uma seita demoníaca, que só não terminou em uma tragédia maior graças a intervenção da polícia. O homem maníaco foi baleado e morto pelos policiais, enquanto e mulher se trancou no quarto e cortou a própria garganta, morrendo lentamente agarrada na tal boneca. Não querendo lembrar daquele episódio triste, o casal se livra da boneca e se muda. O problema é que a boneca reaparece na casa nova, trazendo todos os tipos de maldições e estabelecendo a premissa clichê do filme.
O grande problema do filme não são os típicos clichês de filmes de terror, até porquê eles são usados muito bem nesse filme, o problema é o fato do casal ficar com a boneca na nova casa e não tentarem se livrar dela novamente. Se for analisar por um lado mais técnico, o filme não tem boas atuações, não tem bom roteiro e nem uma boa direção. Único aspecto técnico bom é a cinematografia, que em vários momentos enquadrava a personagem principal e a medida que a câmera ia se afastando, se revelava algo surpreendente por detrás da mesma.
Mas como se trata de um filme de terror, o que realmente precisa ser analisado é se ele assusta, e voltando a comparação com "Invocação do Mal", Annabelle não assusta tanto quanto ele, mas assusta. Em pelo menos três cenas você irá pular da cadeira, principalmente em uma da escada (cuidado com a cena da escada).
No entanto, não é sempre que isso ocorre. Algumas cenas tinham o intuito de serem assustadoras (já que o áudio aumentava consideravelmente) e não foram, por exemplo em uma onde a protagonista vai olhar o que tem na sala pela fresta debaixo da porta e de repente aparece a boneca na tela, essa cena é tão telegrafada quanto uma piada do Zorra Total.
Annabelle oscila diversas vezes em um bom filme de terror e em um filme fraco de suspense, mas a avaliação final que eu dou para ele é BOM. Vale a pena assistir, mas não crie muita expectativa, ou então você irá odiá-lo. A minha recomendação é que você junte toda a galera e vá assisti-lo com os amigos sem criar expectativa nenhuma, pois assim será uma experiência muito mais emocionante.


Avaliação: ★★★☆☆


sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Especial: 10 anos sem Christopher Reeve

Christopher Reeve, o nosso eterno Superman. Ele já era ator bem antes de protagonizar um dos heróis mais conhecidos dos quadrinhos, tendo estudado em prestigiadas escolas de artes e ciências. Devido a um acidente em 1995, Reeve se tornou tetraplégico e passou a liderar uma campanha pela legalização de pesquisas com células-tronco. Faleceu em 10 de Outubro de 2004 aos 52 anos de idade por causa de uma grave infecção, em virtude do seu estado de saúde. E hoje, faz exatos 10 anos de sua morte repleta de sucessos e desafios.


Christopher Reeve nasceu em Nova York em 25 de Setembro de 1952. Viu seus pais se divorciarem aos 4 anos de idade e precisou se mudar junto com a mãe e o irmão para Princeton, New Jersey. Começou a atuar com apenas dez anos de idade, em uma produção teatral de Gilbert e Sullivan, intitulada "The Yeoman of the Guard" no McCarter Theater em Princeton. Após isto, Reeve esteve presente em diversas produções teatrais até finalmente conseguir ser notado e juntar-se ao sindicato dos atores, com seus dezesseis anos.
Reeve ao lado de Margot Kidder
 em uma cena de Superman
Após terminar o colegial, Reeve estudou em uma das mais conceituadas universidades da América, a Universidade de Cornell, enquanto ao mesmo tempo trabalhava como ator profissional. Em seu último ano lá, ele foi um dos alunos selecionados (o outro foi Robin Williams) para estudar na famosa escola de Nova York, chamada "Juilliard School of Performing Arts", sob a supervisão do renomado John Houseman. Estudando em uma das principais escolas de dramaturgia do mundo, não demoraria muito para Reeve aparecer nos cinemas.
Então, em 1978, Christopher Reeve aparecia nas telonas de Hollywood. Seu primeiro filme foi SOS Submarino Nuclear, no qual ele faz um papel de pouca expressão. No mesmo ano, ele protagonizou possivelmente o herói mais conhecido de todos os tempos, o Superman e sua carreira alavancou. Seu nome se estabeleceu imediatamente na cultura popular o fazendo ser um dos atores mais conhecidos do cinema. Em 1980, Christopher Reeve voltou a interpretar o homem de aço no filme Superman II: A Aventura Continua que acabou sendo outro sucesso.

Christopher Reeve, em 1978
Depois de fazer aparições em alguns programas de TV, Reeve voltou a interpretar o herói da DC Comics no filme Superman III de 1983, que desta vez foi alvo de críticas negativas (e com razão). No ano seguinte, Reeve foi protagonista do filme Os Bostonianos de James Ivory. Muitos não acreditavam que Reeve retornaria com o Superman, já que o último filme do homem de aço tinha sido um fracasso e Christopher já estava atuando em outros filmes.
Mas em 1987, Christopher Reeve novamente voltou com a franquia no filme Superman IV: Em Busca da Paz. Infelizmente acabou sendo outro filme com um número de críticas negativas estrondosas, fazendo com que Reeve tivesse dificuldades de conseguir bons papéis em Hollywood. Se nos anos 80 Reeve a carreira de Reeve não foi nada boa, nos anos 90 foi ainda pior. A maioria dos filmes em que atuava não empacavam bilheteria e nem críticas positivas, fazendo com que o ator vivesse de glórias do passado. Em 1992, Reeve casou-se com Dana Morosini e teve um filho chamado William Reeve.
Reeve e sua esposa Dana
Em 27 de Maio de 1995, Reeve sofreu um grave acidente (queda de cavalo) que acabou deixando-o tetraplégico devido a fratura nas suas duas primeiras vértebras cervicais, o que acabou por lesionar sua medula espinhal. Em 1996, na sua aparição ao Oscar, foi em pé na cerimônia deixando todos os seus fãs com lágrimas nos olhos. A partir daí passou a lutar por pesquisas de células-tronco e criou a Christopher Reeve Paralysis Foundation, visando melhorar a condição de vida de pessoas como ele, vítimas de algum tipo de paralisia.
Em 2002, Reeve fez uma aparição na série Smallville, que contava a história da adolescência do Superman e de seu crescimento na cidade de Smallville, no Kansas.

Christopher, em 2003
Em 10 de Outubro de 2004, aconteceu o episódio mais infeliz na sua vida. Foi vítima de infarto causado por uma infecção em virtude do seu estado de saúde. Seu corpo foi cremado. 
Christopher Reeve sempre será lembrado como o Eterno Superman. Era impossível não amá-lo em cena, sempre divertido e carismático. Se não fosse ele, possivelmente o Superman jamais teria outros filmes e séries e seria um super-herói esquecido por todos. Uma pena o que houve com sua carreira após o fim da franquia do homem de aço e uma pena o triste acidente que ocorreu com ele nos anos 90. Mas sem dúvidas Reeve será lembrado por todos, e isso é o que realmente importa.











domingo, 5 de outubro de 2014

Top 10 - Melhores Cenas de Abertura do Cinema

Geralmente, as melhores introduções de filmes são aquelas que tem uma cena forte de tiroteio, um diálogo inesquecível de um personagem com o outro ou simplesmente uma cena qualquer que causa um impacto devido a mistura de musica e trivialidade. Sendo assim, listamos as 10 melhores cenas de abertura da história do cinema.

 10. Os Bons Companheiros (1990)
Os Bons Companheiros tem uma cena clássica de abertura. Três rapazes em um carro viajam no meio da noite, e de repente ouvem um barulho vindo do carro. Ao verificarem, se deparam com um homem banhado de sangue no porta-malas. De maneira rápida e brutal, os rapazes assassinam o homem com facadas e tiros, até o narrador interromper e soltar a seguinte frase: "Desde que eu me lembro, eu sempre quis ser um gângster".


09. Melancolia (2011)
Em Melancolia, Lars Von Trier nos apresenta uma cena de abertura perturbadora, estranha e memorável. Os personagens caminham em um lindo ambiente com o verde de cor predominante, à frente de uma linda mansão com uma música que deixa o público abalado. É uma cena icônica, pois ao mesmo tempo que intriga o espectador, mostra cenas que aparentemente são triviais, mas que ao longo do filme ganham sentido.


08. Os Caçadores da Arca Perdida (1981)
Graças à introdução brilhante de Steven Spielberg, sabíamos que o filme seria um espetáculo e sabíamos também que Indiana Jones se mostraria um aventureiro corajoso com habilidade, sorte e um senso de humor irônico. Os Caçadores da Arca Perdida tem mais emoção em sua sequência de abertura do que a maioria dos filmes de ação em sua totalidade. Uma pena que o quarto filme tenha arruinado a grande franquia.


07. O Resgate do Soldado Ryan (1998)
Mais um filme de Steven Spielberg na lista. Em O Resgate do Soldado Ryan, Spielberg apresenta possivelmente a melhor cena de abertura de um filme de guerra. A cena é nada mais nada menos que a invasão das tropas americanas na praia de Omaha, na famosa Batalha da Normandia que ficou eternizado como o Dia D. Com efeitos sonoros impressionantes, a cena de abertura desse filmaço está em sétimo lugar nesta lista.


 06. O Poderoso Chefão (1972)
A maneira como Francis Ford Coppola escolheu para apresentar  seu poderoso chefão (Marlon Brando) é ontológica: com a famosa trilha de Nino Rota ao fundo, ele mostra o discurso de um personagem que "acredita na América", e que precisa de ajuda para uma vingança pessoal. A câmera se afasta aos poucos, até chegar em Don Corleone ao fundo, de costas. Essa cena mostra de forma genial a importância e o status do mafioso.


 05. A Laranja Mecânica (1971)
A cena inicia fechada no rosto de Malcolm Mcdowell, o que já é bem impactante. Então a câmera vai recuando lentamente até mostrar todos os integrantes da gangue de Alex DeLarge bebendo leite, e em seguida mostra as estátuas em forma de mulheres numa posição erótica. Junte tudo isto ao som de música clássica como temática do condicionamento psicológico do protagonista e o resultado é uma das melhores cenas de abertura da história do cinema.



04. Bastardos Inglórios (2009)
Quentin Tarantino usou a sua maior especialidade para criar essa cena: Um bom diálogo. O personagem de Christoph Waltz inicia um monólogo muito interessante sobre o comparação de judeus com ratos. Apesar de ser o vilão, as palavras do Coronel Hans Landa acabam fazendo sentido ao público. Por fim, através de argumentação e persuasão, Landa faz com que o fazendeiro entregue os judeus escondidos no porão. Abertura genial.


03. Veludo Azul (1986)
O filme inicia de forma alegre, mostrando um jardim florido, cores vibrantes e pessoas sorrindo, tudo isso ao som de "Blue Velvet". Em seguida, o estilo sombrio de Lynch é apresentado, quando um jardineiro cai morto no chão e a câmera vai deslizando pela grama mostrando insetos repugnantes em um universo obscuro, tudo isto sem jamais abandonar a canção alegre. De forma irônica, David Lynch nos deixa submerso ao seu mundo em Veludo Azul.


02. O Rei Leão (1994)
O impacto que a cena de abertura desse filme causa no espectador é impressionante. A abertura de Rei Leão é especial pelo fato de possuir uma grande mistura de canção, encenação e boas filmagens. A combinação desses elementos criam uma das maiores expressões de pura alegria da história do cinema. A abertura conhecida como The Circle of Life é muito emblemática e merece o segundo lugar na lista das melhores cenas aberturas do cinema.


01. Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008)
O grande destaque desse filme curiosamente não é o Batman, e sim o seu antagonista Coringa. O filme inicia com um grupo de bandidos mascarados assaltando um banco, aparentemente todos trabalhando para o Coringa. A medida que cada bandido faz sua função, acaba sendo morto pelo companheiro para não dividir a grana. Por fim, só sobra um bandido, e quando o gerente do banco fala para esse bandido que o cara que o contratou irá fazer o mesmo com ele, o bandido tira sua máscara e mostra quem é, chocando o público. Uma cena de abertura contendo um twist é genial, e por isso The Dark Knight está em primeiro lugar.




sábado, 4 de outubro de 2014

Crítica: O Protetor (2014)

The Equalizer, EUA, 2014

Direção: Antoine Fuqua.
Duração: 131 minutos.
Classificação: 16 anos.
Gênero: Ação / Policial / Suspense



Em filmes anteriores, como "Dia de Treinamento" e "Atirador", os detalhes técnicos tinham sidos cuidadosamente calculados, conseguindo realizar uma boa mistura de cinematografia e edição. Isto se repete neste filme, mostrando que Antoine Fuqua sabe executar em cena o que ele tem em mente no papel. O problema é que em questão de trama ele sempre apresenta mais do mesmo (assista Dia de Treinamento, Lágrimas do Sol e/ou Atirador que você irá entender). Ele já está dirigindo filmes desde o início dos anos 90 e nunca trouxe nada de inovador, apenas o que parece ser mais um episódio de séries policiais, como CSI. Neste filme não é diferente, a parte técnica é boa, porém a história do filme faz o espectador pensar "Já assisti isto antes", confirmando de que Fuqua jamais irá brindar o público com algo diferente.


Denzel Washington interpreta um ex-agente que troca o trabalho de oficial de combate ao crime por uma vida pacata, porém sem deixar de fazer justiça com as próprias mãos. Todas as especulações sobre o ator conseguir uma indicação ao Oscar pelo fato de retomar a parceria com Fuqua (parceria que lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator por "Dia de Treinamento"), vão por água à baixo neste filme. Não que a sua atuação esteja péssima, longe disto, mas não tem aquele fator "uau" na sua performance. Na verdade, o filme também não tem aquele momento "uau", apenas se trata de um thriller policial que é bom e consegue se manter coerente do início ao fim, mas que não irá mudar sua vida. O filme usa muitos clichês desse gênero, como o fato do policial fodão, que no caso é o Denzel Washington, sempre resolver qualquer problema, por mais difícil que pareça, ou o simples fato dos personagens serem estereotipados (o policial justiceiro fodão; a vítima indefesa; o vilão louco tatuado).

Mas o filme não vive só de pontos fracos. Como foi dito anteriormente, os aspectos técnicos do filme são bons, mas fora isto o longa surpreende e o público com cenas e sequências bem montadas e com alguns diálogos bem roteirizados (eu diria até "Tarantinescos"). Em relação a atuações, o filme mais acerta do que erra. Fora Denzel Washington, o grande destaque do filme é a atriz de 17 anos Chloë Grace Moretz, que faz a prostituta maltratada pela máfia, e que é protegida pelo nosso protagonista. Essa dupla conduz muito bem o filme, demonstrando uma boa dose de drama, medo e humor. Porém, o lado ruim das performances fica por conta dos vilões, que com o pouco material que tem, não conseguem apresentar ao público nem um pouco de carisma ou de perigo.



Por fim, O Protetor é um filme bem dirigido e bem atuado, mas que precisava ir além dos clichês. Antoine Fuqua acrescentou mais um filme legal porém esquecível para a sua filmografia pobre, enquanto Denzel Washington mais uma vez interpretou um policial, que qualquer ator do planeta poderia fazer.


Nota: 6,7