sábado, 20 de setembro de 2014

Crítica - Maze Runner: Correr ou Morrer (2014)

The Maze Runner, EUA, 2014.

Direção: Wes Ball.
Duração: 114 minutos.
Classificação: 14 anos.
Gênero: Ação / Aventura / Ficção Científica.


O filme tem seu início com o adolescente Thomas (Dylon O'Brien) acordando dentro de um elevador com sua memória apagada. Ao chegar em seu destino e as portas se abrem, Thomas se vê rodeado por garotos que o acolhem e o apresentam à Clareira, um espaço aberto cercado por muros gigantescos. Essa cena de abertura é promissora pois cria a principal dúvida do filme: Por que esses jovens foram colocados naquele local? O jogo de câmera também é muito bom, ela vai girando em torno do protagonista mostrando sua angustia ao absorver a informação de que não sabe onde está.

Logo após o bullying cerimonial que o protagonista passou, os sobreviventes revelam as seguintes informações: Todos ali também não se lembram de nada; O lugar é cercado por um labirinto imenso que é aberto todas as manhãs e fechado todas as noites sabe se lá de que forma; A cada mês o elevador chega com um novo sobrevivente e suprimentos; Dentro dos labirintos há uns monstros chamados de Verdugos que são uma espécie de escorpiões gigantes. Fora as informações, o grupo dita a regras que eles convivem para Thomas, para assim ele viver em sociedade com os demais.

Depois de conhecer esse universo, Thomas viola algumas regras como a de entrar no labirinto. Nisto o filme acaba apresentando dois aspectos muito bons. O primeiro é o visual, o labirinto e o espaço em que os jovens vivem é espetacular, o filme acerta em cheio nesta questão, principalmente em uma cena onde Thomas e um outro rapaz estão correndo no labirinto no instante em que ele está se fechando. O segundo bom aspecto é a atuação de Will Poulter, que interpreta o personagem Gally, um garoto que rivaliza com Thomas pelo fato de ele querer tanto sair daquele local.

O início era bem promissor, o problema é que com o andamento do filme foi se mostrando os problemas. Um deles são os diálogos e monólogos que além de fracos são clichês. Outro problema são as tentativas de humor, todas fracassam. Na metade do filme onde a qualidade cai bastante, entra a personagem Teresa (Kaya Scodelario), que acaba sendo a única garota do grupo. Com a chegada desta personagem, a esperança é que a qualidade do filme suba, já que ela tem uma boa química com o Thomas, entretanto ela não acrescenta nada para a trama, é apenas mais uma para o grupo.

Quando o filme se aproxima de seu ato final, a nota é relativamente baixa. Os diálogos vão piorando, os personagens vão ficando cada vez mais chatos, mas o que talvez seja o maior problema são as tentativas de cenas tocantes, não há drama em nenhuma dessas cenas. Então, quando chega o momento de explicar o porquê deles estarem naquele local, a revelação acaba deixando a desejar. O mistério que foi criado no início do filme é muito bom, gera dúvida. No entanto, o decorrer do filme acaba estragando tudo.

Resumindo, Maze Runner é um filme com um início muito bom, um andamento ruim e um final péssimo e anticlimático. As cenas de ação são boas, cinematografia, edição e outros aspectos técnicos estão perfeitos, porém o roteiro, a direção e a maioria das atuações são fracas. Eu, particularmente, não li e nem pretendo ler o livro, eu estou avaliando o filme e como filme, ele é fraco. Se você é fã da saga, eu recomendo assistir, se não é nem perca seu tempo.

Nota: 4,7
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Um comentário:

  1. Ótima crítica, ainda não assisti o filme mas pretendo (apesar de nunca ter lido o livro)

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